Adoçantes ou edulcorantes são substâncias de baixo ou inexistente valor energético que proporcionam a um alimento o gosto doce. Fique por dentro das diferenças dos tipos de adoçante e escolha a melhor opção de acordo com a sua necessidade.
Os adoçantes naturais são edulcorantes obtidos a partir de plantas ou alimentos de origem animal e não passam por nenhum tipo de reação química.
Adoçantes Naturais
Frutose
Cerca de 170 vezes mais doce que a sacarose (açúcar cristal ou refinado). Extraído do mel e de frutas, a frutose tem 4Kcal/g. Diabéticos devem usar moderadamente pois eleva os níveis de açúcar no sangue. Além disso, pode provocar cáries.
Sorbitol
Adoça 50% mais que a sacarose (açúcar refinado) , o sorbitol é extraído de algas marinhas e frutas (maçã e ameixa) e possui 4 Kcal/g. Não pode ser usado por diabéticos. Ele é muito utilizado na composição de outros adoçantes naturais e artificiais.
Manitol
Seu poder adoçante é de 70% em relação ao açúcar. Não provoca cáries. É um edulcorante natural amplamente encontrado em vegetais como aipo, cebola e beterraba. Há relatos de que provoca um significativo efeito laxante quando ingerido em doses elevadas.
Xilitol
Seu poder adoçante corresponde a 50% da sacarose. Tem sabor semelhante ao da sacarose (açúcar comum). Normalmente é usado na composição de adoçante para atenuar o gosto amargo de outros edulcorantes. Tem o diferencial de causar uma sensação refrescante na saliva.
Stévia / Esteviosídeo
O adoçante stevia tem o poder adoçante 300 vezes maior que o açúcar refinado. É extraído da planta stevia rebaudiana, nativa da América do Sul (na fronteira do Brasil com o Paraguai). Alguns estudos apontam benefícios desse tipo de adoçante natural, como regular a pressão arterial, os níveis de açúcar no sangue e prevenir o crescimento bacteriano nos dentes.
Recomendado para diabéticos. Resistente à altas temperaturas, podendo ser usada em alimentos que vão ao fogo. Muito utilizada no oriente (Japão principalmente) o único fator contra é que ela deixa um gosto residual amargo. Só cuidado para não comprar a estévia associada a outro adoçante artificial, como ciclamato de sódio.
Agave Azul
Extraído de uma planta de origem mexicana (a mesma da qual se produz a tequila), o agave azul adoça mais que o açúcar comum pois é rico em açúcares mais nobres, como dextrose e frutose. Embora possua baixo índice glicêmico não é indicada para diabéticos.
Adoçantes Artificiais
Ciclamato de sódio
É um dos piores adoçantes artificiais que existem. Provém do ácido ciclo hexano sulfâmico, só para você ter uma ideia, ele vem do ácido ciclo hexano sulfâmico, um derivado do petróleo. Ele não possui calorias e pode ser usado por diabéticos, porém não é indicado para pessoas hipertensas. Vários estudos associam esse tipo de adoçante com tumores cancerígenos (a hidrólise do ciclamato, no trato digestivo, pode produzir uma substância carcinogênica), por isso é proibido em vários países (França, EUA e Japão por exemplo). O ciclamato de sódio é mais utilizado em refrigerantes, mas pode ser encontrado em adoçantes de mesa, biscoitos, geleias e sorvetes.
Sacarina
O mais antigo dos adoçantes, adoça cerca de 200 vezes mais que a sacarose, mas deixa um gosto residual amargo e metálico. Não contém calorias e pode ser usada por diabéticos, mas fique atento aos problemas que ela pode trazer. Sintetizada a partir do ácido toluenossulfônico, a sacarina é derivada do petróleo. Como a molécula de sacarina é derivada da sulfa, pessoas alérgicas à substância não devem consumi-la. Estudos ligaram a sacarina ao aparecimento de tumores na bexiga, por isso seu uso foi limitado pelos órgãos competentes. Além disso, possui sódio, sendo contraindicado para hipertensos.
Sucralose
Feita à partir da sacarose (extraída da cana de açúcar), a sucralose leva em sua composição moléculas de cloro, o que não permite que seja absorvida pelo organismo (ela é eliminada por completo em 24 horas através da urina). Ela adoça cerca de 600 vezes mais que a sacarose e não tem calorias. Não eleva a glicemia, podendo ser consumido por diabéticos, gestantes e hipertensos. Até o momento, não se conhecem contraindicações do edulcorante sucralose, o FDA, órgão americano, aprova seu uso com base em inúmeras pesquisas que mostraram que o adoçante não apresenta efeitos tóxicos, nem efeitos rcarcinogênicos, reprodutivos e neurológicos. Por não possuir sabor residual amargo, a sucralose é amplamente utilizada em produtos diet, zero e light.
Acessulfame-K (acessulfame potássio)
É um sal de potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético (vinagre) que adoça cerca de 200 vezes mais que o açúcar refinado. Não apresenta calorias e não é metabolizada pelo organismo, por isso é considerado um adoçante seguro para a saúde. É usado de forma variada, principalmente em confeitos, indústrias de panificação, produtos lácteos e bebidas.
Tagatose
Oobtido através da lactose (açúcar do leite), a tagatose é quase tão doce quanto o açúcar refinado (92%), mas não aumenta os níveis de insulina e glicose do sangue, pois não é absorvida pelo organismo. Para se obter a tagatose, a lactose é quebrada em galactose e glicose. É feita uma modificação na molécula de galactose, que se transforma em D-tagatose. Mesmo sendo um adoçante relativamente novo, o FDA considerou-o seguro para a saúde, liberando seu uso nos EUA. As únicas contraindicações conhecidas até agora são gases, náuseas e diarreia, casa haja uma sensibilidade ou se consuma excessivamente.
Aspartame
Se você pensa que o ciclamato de sódio é o pior dos adoçantes artificiais, conheça o aspartame. Ele é tão nocivo que resolvemos fazer uma seção inteira do artigo somente pra ele. São nada mais, nada menos do que 92 efeitos colaterais já catalogados. Esses efeitos sobre o organismo podem ser imediatos ou graduais. Ainda não se sabe todos os efeitos que o consumo de aspartame pode provocar à longo prazo. Ele já foi bastante utilizado e consumido por não deixar gosto residual amargo, como vários outros adoçantes. Com valor calórico de 4Kcal/g e alto poder adoçante (cerca de 220 vezes mais que a sacarose), basta algumas gotas para adoçar.
A lista de problemas que o aspartame pode causar é longa e os principais são:
- Ataques de pânico, alterações de humor, episódios de mania e alucinações visuais
- Náusea
- Reações alérgicas alimentares
- Dores de cabeça, enxaquecas
- Diabetes (o aspartame em indivíduos diabéticos pode favorecer as complicaces como neuropatia, retinopatia, catarata e pode provocar mal controle glicêmico em quem faz tratamento)
- Espasmos musculares
- Irritabilidade
- Ganho de peso
- Perda de audição
- Depressão
- Alterações endócrinas como aumento de cortisol e prolactina
- Degeneração cerebral – envelhecimento precoce (perda de memória)
- Taquicardia
- Doenças autoimunes
- Dores articulares
- Convulsão e epilepsia
Doenças degenerativas podem ser agravadas com o uso prolongado de aspartame, como Alzheimer, Parkinson e retardo mental. Outros problemas que podem ficar mais graves são lúpus, diabetes, fibromialgia, tumores cerebrais e esclerose múltipla.
Pra completar, o aspartame é expressamente contraindicado para gestantes. O cérebro do feto, ainda em formação, consegue absorver cinco vezes mais as substâncias tóxicas do aspartame, o que pode lesionar seu sistema nervoso. Ainda é contraindicado para os portadores de fenilcetonúria (incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina), uma anomalia rara que geralmente é diagnosticada através do teste do pezinho, feito no nascimento do bebê.